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Foto: Marco Vieira/Arquivo

Aracaju vive um momento ímpar no que concerne à preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Sob a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, iniciada em 2017, a cidade, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), tem se empenhado na ampliação e criação de unidades de conservação, demonstrando um compromisso sólido com a proteção da fauna e flora nativas em meio ao franco desenvolvimento econômico e estrutural por que passa a capital sergipana.

Esse avanço é marcado pela criação de duas novas unidades de conservação: Reserva Extrativista Mangabeiras, situada no bairro 17 de Março, e Área de Relevante Interesse Ecológico do Lamarão, no bairro homônimo, além da ampliação da área protegida do Parque Natural do Poxim, situado às margens do rio Poxim, no bairro Inácio Barbosa, e do projeto inicial de recuperação do Parque Ecológico Tramandaí, localizado no bairro Jardins, perfazendo uma ampliação de áreas protegidas de quase 73%, passando de 176.5 hectares (ha) para 304.9 ha.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Alan Lemos, no início da atual administração, Aracaju contava com apenas duas unidades de conservação, ambas sem planejamento efetivo. As duas áreas remanescentes são o Tramandaí, uma unidade de apenas 25 mil metros quadrados com função ambiental comprometida, e o Parque Natural do Poxim, com 164 hectares, ambas, à época, sem plano de manejo, o principal instrumento de gestão das unidades de conservação, no qual constam a caracterização da unidade, o zoneamento com as respectivas normas e os programas de gestão.

“Encontramos as unidades de conservação apenas como decretos, sem planos de manejo, o que as tornava, digamos assim, sem vida e sem função ambiental definida. Nossa primeira ação, quando chegamos, há quase oito anos, foi incluir no planejamento estratégico, coordenado pelo prefeito, com aval do Conselho Municipal de Meio Ambiente, a ampliação das unidades existentes e a criação de novas áreas, além de um robusto programa de arborização, fundamental para a consolidação dessas unidades”, lembrou Alan Lemos.

O Parque Natural do Poxim passou por uma ampliação significativa, aumentando de 174 ha para 191 ha. “Incorporamos uma área ao Poxim, um trecho próximo à ponte do Rio Poxim, perto do Parque dos Cajueiros. Agora, o Parque do Poxim é uma área de proteção integral, com plano de manejo, o que significa que não se pode realizar atividades econômicas, apenas como área para pesquisa, estudos ambientais e turismo contemplativo da fauna e flora”, explicou o gestor.

Compromisso

A criação das novas unidades de conservação, Mangabeiras e Lamarão, reflete o compromisso da administração com a sustentabilidade e a inclusão social. A unidade Mangabeiras, anexa ao complexo habitacional de mesmo nome, foi criada para equilibrar a necessidade de habitação com a preservação ambiental. “Ali, 38 famílias já praticavam o extrativismo de mangaba, e criamos uma área de 94 mil metros quadrados onde essas atividades podem continuar, agora com um plano de manejo em desenvolvimento com a Universidade Federal de Sergipe e outros segmentos correlatos”, ressalta o secretário.

Já o Parque do Lamarão, com 102 ha, foi criado na área onde está sendo construída a Perimetral Oeste, uma grande obra de infraestrutura urbana capitaneada pela Prefeitura. “Identificamos a ocorrência de atividades econômicas como pesca de peixes e catação de mariscos, e a unidade foi delineada como uma Área de Relevante Interesse Ecológico, permitindo essas atividades desde que obedeçam aos preceitos do plano de manejo. Isso garante que a unidade contribua tanto para a conservação quanto para a sustentabilidade econômica das comunidades locais”, detalha Lemos.

Transformação

Alan Lemos faz questão de sublinhar a importância de equilibrar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade. “Aracaju está em franco desenvolvimento, mas esse crescimento deve ser acompanhado por ações de proteção ambiental. A criação dessas unidades de conservação é um marco histórico para a cidade e demonstra nosso compromisso em garantir um futuro sustentável. Estamos transformando unidades de conservação com planos de manejo e participação ativa da comunidade, universidades e do Conselho Municipal de Meio Ambiente”, frisou.

O secretário realça os impactos positivos dessas ações para o futuro da cidade, pensando sempre nas gerações futuras. “Estamos garantindo que várias áreas da cidade tenham proteção da vegetação nativa, especialmente os manguezais, que são elementos fundamentais para a biodiversidade e a resiliência ambiental de Aracaju. Essas unidades de conservação ajudam a minimizar os efeitos dos gases do aquecimento global e a aumentar a resiliência da cidade. É gestão municipal reafirmando seu compromisso com um desenvolvimento que respeita e protege o meio ambiente, garantindo que Aracaju continue a crescer de maneira sustentável e integrada à natureza”, concluiu.

21/06/2024

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