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Seja qual for o papel que desempenham, as mulheres estão deixando sua marca na área da construção civil

No canteiro de obras do novo habitacional que está sendo construído pela Prefeitura de Aracaju no bairro Lamarão, para o reassentamento das famílias que foram afetadas pela construção da avenida Perimetral Oeste, um fenômeno inspirador pode ser percebido: a presença cada vez mais forte das mulheres. Apesar de ainda serem minoria nesse ambiente, essas profissionais estão desafiando estereótipos e provando que talento e competência não têm gênero. Elas não estão apenas construindo moradias, mas também quebrando barreiras e inspirando outras mulheres a seguirem seus passos.

São diversas as áreas de atuação das mulheres na indústria da construção civil. Algumas são operárias habilidosas, manejando equipamentos pesados com coragem, como é o caso de Lenilde Santos. Com 52 anos de idade, há 14 anos ela atua na construção civil como operadora de retroescavadeira e de manipulador telescópio e iniciou sua carreira como mecânica de carros. Atualmente é funcionária da Camel, construtora responsável pela obra do habitacional.

“Eu gosto de enfrentar desafios, criei meus filhos com o suor do meu trabalho e tenho muito orgulho do que eu faço. Não há nada que eu não consiga fazer só porque sou mulher e ensino também aos meus filhos e netos que lugar de mulher é onde ela quiser”, afirma Lenilde.

Outros exemplos de profissionais presentes na obra são as engenheiras Micaela Morone e Nayra Barros. Talentosas, elas buscam cada dia mais conquistar seus espaços e, apesar dos desafios, almejam crescer cada vez mais na profissão. Micaela lidera uma equipe composta só por homens. Ao longo desses três anos de atuação na construção civil, ela supera obstáculos diários com resiliência e profissionalismo, ganhando o respeito e a admiração de seus colegas de trabalho.

“Trabalhar em um ambiente ocupado, em sua maioria, por homens, apresenta seus desafios no dia a dia, mas, é aqui que me sinto realizada, eu sou feliz na minha profissão. Aos poucos fui conquistando meu espaço e o respeito da minha equipe e sei que minha jornada está apenas começando, pois tenho muitos sonhos a realizar ainda”, partilha a engenheira.

As mulheres também estão nos bastidores, cuidando de processos administrativos importantes. Seja qual for o papel que desempenham, essas mulheres estão deixando sua marca na construção do novo habitacional. Marcela Correia tem 24 anos e é assistente administrativa, responsável por gerenciar as demandas de RH da obra.

“Aqui na construção civil sinto que estou desbravando uma área em que somos minoria. Nós, mulheres, temos que repetir todos os dias que somos capazes e podemos estar onde quisermos e não podemos desistir no primeiro desafio. Minha mãe é um grande exemplo para mim, me ensinou a não baixar a cabeça para ninguém e a lutar para conquistar o meu espaço no mundo”, conta Marcela.

Além de contribuir para a construção do novo habitacional, essas mulheres estão deixando exemplos importantes para a comunidade. Elas servem de inspiração, mostrando que não há limites para o que podem alcançar, independentemente do gênero. O trabalho árduo e a dedicação delas são uma prova viva de que as mulheres podem se destacar em qualquer área, desafiando expectativas e quebrando barreiras ao longo do caminho.

Fotos: Diagonal Social

 

22/07/2024

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