02.02.2022 – 1 – André Moreira

Foto: André Moreira

Enquanto a capital sergipana expande seus horizontes geográficos, a Prefeitura de Aracaju, projetando a cidade para o futuro, tem como um dos focos de ação aliar o crescimento urbano e econômico à preservação de áreas ambientais essenciais para garantir a sustentabilidade do município. Assim, a partir do Planejamento Estratégico 2021-2024, a gestão municipal avança na criação de unidades de conservação.

Parte financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outra realizada com recursos próprios, a implantação dessas unidades de conservação são acompanhadas de análises técnicas e científicas.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Alan Alexander Lemos, destaca o Aracaju Mais Verde como carro-chefe das ações da Sema, projeto que comporta, entre outros pontos, a implantação dessas unidades.

“A Prefeitura sempre age com base na técnica, no melhor estudo, na melhor ciência para termos as melhores informações possíveis para tomar as decisões. Desta forma, no Planejamento Estratégico, colocamos a criação e implantação de três áreas de conservação: a Unidade de Conservação [UC] da Reserva Extrativista Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres, a Unidade Ecológica de Conservação do rio Poxim e, ainda, uma área na zona Norte, sendo que esta última estamos avaliando para ser no bairro Lamarão”, afirma Alan.

Das três, a do Parque Rio Poxim é a que está em fase mais adiantada, com a elaboração do Plano de Manejo que, dividido em cinco etapas, está prestes a concluir a terceira, a qual corresponde ao zoneamento da unidade, passo fundamental para concretizar o documento final.

Já a reserva das Mangabeiras é parte fundamental da reurbanização da localidade situada no bairro 17 de Março, e integra o complexo do residencial com mais de 1.100 casas que a Prefeitura de Aracaju está construindo na localidade, como explica Alan Lemos.

“A ideia é que a gente possa conciliar uma unidade com populações de características tradicionais e que isso aconteça de forma sustentável, para que possa haver uma exploração econômica com a proteção da reserva e da vegetação, garantindo que não apenas se possa fazer um projeto de urbanização que contemple um conjunto de populações de famílias que habitam na região, mas que preserve o modo de produção tradicional, reproduzindo isso ao longo do tempo”, salienta o secretário.

Sobre a unidade que está sendo estudada na zona Norte, o gestor explica que, com recursos do BID, o Município contratou uma empresa para fazer as devidas avaliações do local, para subsidiar a definição da melhor forma de criar uma UC na região..

“Muito provável que seja algo semelhante ao Parque Poxim, pelo conhecimento que já temos, mas esse estudo vai verificar os artigos ambientais que temos na área, para que tenhamos a noção, de fato, do que há para ser protegido. Na área, verificamos que há espaços de degradação ocasionada pela ocupação irregular que já existe, então, a Prefeitura vai resolver esse problema de ocupação irregular, vai reurbanizar e, ao mesmo tempo, entregar para a cidade uma nova área de proteção ambiental”, completa Alan.

02/02/2022

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