Com o objetivo de manter informados os aracajuanos que serão afetados pelas obras da avenida Perimetral Oeste, projeto financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou, nesta terça-feira, 6, uma audiência pública, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) João de Oliveira Sobral, no Santos Dumont, com lideranças dos bairros Bugio e Soledade, localidades onde as transformações serão iniciadas.
Durante a audiência foram apresentados os dados atualizados do cadastro socioeconômico feito pela administração municipal, ressaltando-se que 396 imóveis serão afetados pela obra, número expressivamente menor do que os 523 imaginados no início do trabalho, ainda em 2018.
“Essas audiências públicas fazem parte do processo de requalificação urbana da perimetral oeste, financiado pelo BID. Trata-se de uma exigência do programa que após cada atualização se faça uma audiência pública junto à população que será afetada. Então, acerca de dois meses nós modificamos o cadastro socioeconômico das famílias. Hoje, realizamos a primeira audiência, com as lideranças das comunidades afetadas pela primeira etapa da obra, por conta da pandemia. Assim, esclarecemos de que forma se dará o reassentamento destas famílias, quando do início das obras, assim como as compensações”, explica a diretora de Gestão Social de Habitação da Assistência Social de Aracaju, Rosária Rabelo.
Ao longo do mês de outubro outras audiências, com lideranças de outros bairros afetados, serão realizadas. Esta primeira diz respeito às modificações que atingiram os bairro Bugio e Soledade, onde a avenida começará a ser construída. Desta forma, 10 lideranças, que moram nas 10 ruas que serão afetadas foram convidadas a participar.
A ideia de convidar os representantes está ligada à necessidade de manter a cautela durante o período de emergência sanitária. “Quanto maior a participação das comunidades, mais flui a parceria com o município e mais transparente fica o projeto. Com o momento de pandemia, nós nos reunimos tomando todos os cuidados, usando máscaras, higienizado os espaços e respeitando o distanciamento. A partir do que foi apresentado aos líderes comunitários, eles poderão instruir os afetados”, conta a coordenadora do CRAS João de Oliveira Sobral, Vivian Almeida.
Durante o evento, esclareceu-se que o objetivo da administração municipal é beneficiar o máximo de pessoas, com o mínimo de famílias afetadas, respeitando, na medida do possível, onde elas estão inseridas. Assim como, explicar que os proprietários de imóveis serão indenizados, de acordo com uma análise feita por servidores municipais.
Ou seja, uma equipe composta por engenheiros civis, psicólogos e assistentes sociais, visitarão, com a devida antecedência, cada imóvel que precisará ser demolido, para que o a devida indenização seja calculada e que a família afetada tenha todo o suporte necessário.
Com a realização da audiência foi possível dirimir dúvidas dos representantes dos bairros, para que todo o processo possa ocorrer com transparência e agilidade. “É importante manter o contato com a Prefeitura, porque estamos sempre atualizados em relação ao andamento da obra e quem serão as pessoas afetadas. Afinal de contas, as famílias ficam preocupadas com de que forma elas serão realocadas, onde elas ficarão, as indenizações, entre outras coisas. Então, precisamos dar uma resposta”, ressalta o presidente da Associação de Moradores do Bairro Bugio, José Aragão.