Com o objetivo de manter informados os aracajuanos que serão afetados pelas obras da Avenida Perimetral Oeste, projeto financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou nesta terça-feira, 20, mais uma audiência pública, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) João de Oliveira Sobral, no Santos Dumont, com lideranças dos bairros Bugio e Jardim Centenário.
Durante a audiência foram apresentados os dados atualizados do cadastro socioeconômico feito pela administração municipal, ressaltando-se que 396 imóveis serão afetados pela obra, número expressivamente menor do que os 523 imaginados no início do trabalho, ainda em 2018.
“Nós estamos dialogando com as famílias afetadas por cada etapa da Avenida Perimetral, explicando o projeto, como ele será executado e como se dará todo o processo de relocação e indenização destas pessoas. Tem sido muito importante tanto para a Prefeitura quanto para os moradores, porque as coisas estão sendo tratadas de forma clara, em um processo dialogado, com assegurada participação das comunidades”, explica a diretora de Gestão Social de Habitação da Assistência Social de Aracaju, Rosária Rabelo.
Ao longo do mês de outubro outras audiências, com lideranças de outros bairros afetados, serão realizadas. Esta agora diz respeito às modificações que atingirão os bairro Bugio e Jardim Centenário.
A ideia de convidar os representantes está ligada à necessidade de manter a cautela durante o período de emergência sanitária. Por conta da necessidade de manter um distanciamento social mínimo não é possível juntar todas as famílias em um só espaço.
Durante o evento, esclareceu-se que o objetivo da administração municipal é beneficiar o máximo de pessoas, com o mínimo de famílias afetadas, respeitando, na medida do possível, onde elas estão inseridas. Assim como, explicar que os proprietários de imóveis serão indenizados, de acordo com uma análise feita por servidores municipais.
Ou seja, uma equipe composta por engenheiros civis, psicólogos e assistentes sociais, visitarão, com a devida antecedência, cada imóvel que precisará ser demolido, para que o a devida indenização seja calculada e que a família afetada tenha todo o suporte necessário.
Com a realização da audiência foi possível dirimir dúvidas dos representantes dos bairros, para que todo o processo possa ocorrer com transparência e agilidade. “Essas reuniões são muito importantes, porque ficamos sabendo o que está acontecendo. Além disso, somos ouvidos, tiramos dúvidas. Depois podemos repassar o que ouvimos para as outras pessoas afetadas”, aponta Maria Joana Reis, moradora do Bugio há mais de 30 anos.